Banco relatou à PF que se trata da maior fraude já sofrida em toda sua história 6011f
Uma operação da Polícia Federal deflagrada
neste sábado em três Estados desarticulou uma quadrilha que teria
desviado R$ 73 milhões da Mega Sena, jogo de loteria da Caixa Econômica
Federal (CEF). O banco relatou à PF que se trata da maior fraude já
sofrida em toda sua história.
O dinheiro do "falso prêmio" foi
depositado numa conta bancária aberta no final do ano ado em
Tocantinópolis (TO) no nome de uma pessoa fictícia. Em seguida, o
dinheiro foi transferido para diversas contas. Um dos envolvidos,
segundo apurou a reportagem, é o suplente de deputado federal Ernesto
Vieira Carvalho Neto, que disputou a vaga em 2010 pelo PMDB do Maranhão
na chapa da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Segundo os
investigadores, ele teria comprado um avião com o dinheiro desviado da
CEF e teria a intenção de usá-lo numa fuga. Até o final da manhã, a PF
não havia localizado o suplente para cumprir o mandado de prisão
expedido contra ele e outras quatro pessoas. Nenhuma delas foi presa até
então. A PF não informou os nomes de nenhum dos envolvidos.
Conforme
relatos, houve perseguição em alguns locais com pistas falsas sobre o
paradeiro dos envolvidos. A Justiça também autorizou o cumprimento de
dez mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva
(quando a pessoa é levada a prestar depoimento e liberada em seguida)
nos Estados do Goiás, Maranhão e São Paulo. Já foram recuperados 70% do
dinheiro desviado, informou a PF. O gerente da agência onde a conta foi
aberta esta preso antes da operação batizada de Éskhara ser deflagrada.
A PF não informou se ele colaborou com a investigação.
Os
envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação majorada,
formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem
chegar a 29 anos de prisão. A PF informou ontem que as investigações
prosseguem porque há a possibilidade de existirem outros fraudadores. O
Estado apurou que a PF que trabalhou em parceria com o Ministério
Público do Tocantins não tinha a intenção de deflagrar a operação já
neste sábado, mas antecipou pra evitar vazamento de informação.
A
CEF divulgou nota na qual informa que foi o banco quem comunicou à PF
sobre a fraude. "Em relação à operação Éskhara da Polícia Federal (PF), a
Caixa Econômica Federal informa que acionou a Polícia logo que
constatou a fraude. O banco continua acompanhando o caso e está à
disposição da PF para colaborar com as investigações." A operação da PF
ocorre no momento em que a CEF tenta abafar uma crise após a revelação
pela revista IstoÉ de que se apropriou de R$ 719 milhões de saldos de
contas bancárias de clientes que foram encerradas por iniciativa do
banco.
Fonte:ESTADÃO conteúdo
Postado por:Elisete Bohrer
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