Em clima de tensão,uma cena incomum foi registrada em Sananduva,no
norte do Estado,em uma lavoura de soja. Após a propriedade ter sido
alvo, na semana ada, de disparos de arma de fogo, o produtor rural
Claudio Beé contratou escolta armada para concluir a colheita em 220
hectares.
A fazenda faz divisa com um assentamento do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), onde 80 famílias aguardam a
desapropriação de terras na região.
Conforme o agricultor,a área cultivada com grãos há mais de 10 anos
já foi invadida por integrantes do movimento e hoje tem um interdito
proibitório determinado pela Justiça impedindo nova invasão.
– Ficamos apavorados.Registrei 12 boletins de ocorrência. Pedi apoio
da Brigada Militar para reforçar a segurança na lavoura – conta
Beé,acrescentando que não há nenhum processo de reforma agrária
envolvendo a área.
Como o reforço da BM veio apenas nos últimos dias da colheita, duas
viaturas particulares foram contratadas para garantir a segurança dos
trabalhadores.
– Instauramos um inquérito para investigar o caso – confirma o
delegado Hugo Rigo Junior,titular da Delegacia de Polícia de Sananduva.
Procurada,a Cooperativa Central dos Assentados,que representa o movimento, não retornou até o fechamento da coluna.
Por:Joana Colussi
Postado por:Elisete Bohrer
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